
Moda
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Moda é uma tendência de comportamento, ou seja, podemos através dela definir épocas e acontecimentos históricos. É importante sabermos que a moda é um eterno ir e volta, então o que foi tendência na década passada pode ser que volte em épocas futuras. Não esqueçamos nunca que com a moda podemos definir o estilo e comportamento de várias gerações. É importante que dentro da moda cada pessoa descubra seu estilo e dentro dele possa passar para o mundo uma forma de viver.
ESTILISTAS
Gucci:
Quando a chapelaria da família faliu, em 1906, Gucci decidiu abrir uma selaria em Florença, Itália, negócio que tinha tudo para ser próspero em uma época em que os cavalos eram o meio básico de transporte.
Com o passar do tempo, e o advento do automóvel, a produção de selas foi deixando de ser um negócio rentável, e os Gucci perceberam que mais uma vez era hora de diversificar. Assim em 1925, seu nome começava a aparecer numa bolsa tipo saco, que fez muito sucesso. E em 1932 nascia o produto que viria a ser uma espécie de marca registrada da grife, o sapato mocassim, que tinha sobre sua gáspea um símbolo dos velhos tempos da selaria – uma espécie de freio de cavalo.
Nos anos 60, Gucci passou a ser uma referência mundial para artigos de couro, mas aos poucos foi caindo no esquecimento, com o aparecimento de novas marcas.
Nos anos 80, afinal a empresa contratou como sua diretora de criação uma especialista em moda, Dawn Mello. Sob sua orientação, a marca iniciou um resgate de seus antigos sucessos, tendo como carros-chefe exatamente o mocassim, sem esquecer bolsas e cintos, sempre dando destaque ás ferragens que além do bridão, também reproduziam os dois Gs do nome do fundador da marca.
Foi Dawn Mello quem trouxe para a empresa o estilista texano Tom Ford, formado pela Parsons School of Design, dos Estados Unidos.
Durante 5 anos Ford trabalhou nos bastidores da Gucci, adaptando-se ao estilo da casa, antes de aparecer como grande revitalizador da marca, que hoje é um dos maiores sucessos internacionais de moda.
Ganhador em 1995 do prêmio Council of fashion Designers of America, Tom Ford e seu estilo têm conseguido colocar o nome Gucci entre os preferidos de estrelas como Madonna.
Giorgio Armani:
A mulher nunca mais foi a mesma depois de Giorgio Armani. A sensualidade feminina passou a poder adivinhar-se por baixo de um fato, anteriormente reservado exclusivamente ao homem. O conceito do conjunto de casaco e calça tornou-se diferente com Armani mesmo visando o corpo masculino. Estávamos em meados da década de 70, o “Prét-à-Porter” dava os primeiros passos nas passarelas da alta costura. Assim Giorgio Armani acabava de criar o seu “Império”.
Giorgio Armani nasceu em 1934, na cidade de Piacenza, nos arredores de Milão, filho de pais humildes. Muito cedo afirmou a sua vocação para a criatividade, tendo desenvolvido um gosto pelo teatro e cinema ainda durante a escola. Chegou a estudar medicina na Universidade, mas cedo começou a trabalhar como assistente de fotógrafo, nos finais da década de 50. Rapidamente daria os primeiros passos na criação para moda.
A primeira oportunidade enquanto estilista surgiu-lhe em 1964, quando desenhou uma linha de roupa masculina para Nino Cerruti, apesar de não ter qualquer tipo de formação nessa área. Em 1970, encorajado pelo seu colega Sergio Galeotti, Armani deixou Cerruti, tornando-se estilista e consultor de moda a trabalhar a título independente.
Em 1975, Armani e Galeotti iniciam a sua própria companhia, Giorgio Armani S.p.A., e fundaram a marca Armani.
Juntamente com nomes como Coco Chanel e Paul Poiret, Armani surge como o emancipado da moda feminina, fazendo-a apropriar-se de peças associadas ao imaginário masculino e permitindo ao homem vestir-se mais confortavelmente, com tecidos leves e de linhas menos marcadas que desenham o corpo sensual que os habita.
Coco Channel:
De família pobre, Gabrielle Bonheur Chanel nasceu em 1883, em Saumur, França. Doze anos depois sua mãe morreu e o pai deixou-a com suas irmãs num orfanato católico. Aos 20 anos, conseguiram-lhe um emprego de costureira numa loja em Moulins.
Certo dia um grupo de oficiais da guarnição local pediu-lhe que fizesse algumas alterações em seus uniformes. Não demorou para que ela virasse uma espécie de mascote do regimento. Os oficiais levaram-na ao La Rotonde, um Music Hall, onde Chanel aguardava ansiosa por escapar à uma vida miserável, fez sua estréia no palco. Tinha uma voz comum e só sabia cantar duas músicas: Quem viu Coco no Trocadéro? e Ko Ko Ri Ko. Quando seus admiradores pediam bis, gritavam “Coco!” Que deu origem ao seu apelido.
No verão de 1913, abriu outra loja em Deauville, onde os ricos costumavam passar o verão e expandiu sua linha de produtos, incluindo vestidos.
As roupas de Chanel eram criadas para ser usadas sem espartilhos, sendo feitas com menos forro para ficarem mais leves e menos rígidas. Em 1914 ela apresenta um vestido Chemisier simples. Logo em seguida, em 1916, começou a fazer roupas de Jérsei, um tecido barato usado anteriormente só para roupas íntimas. Dois anos depois, Chanel estava produzindo Cardigãs e Twinsets. Adaptou Suéters masculinos e lançou-os sobre calças, saias lisas e retas. Em 1920 lança calças largas para mulheres, baseadas na boca-de-sino dos marinheiros, chamadas “Calças para Iatismo”, que foram seguidas por amplos pijamas para praia, generosamente cortados.
A vida pessoal de Chanel chamava atenção, aumentando sua influência sobre a moda durante os anos pós primeira guerra. Ela própria usava as roupas que havia adaptado de peças tradicionais masculinas: capa de chuva com cintos, camisas simples de gola aberta, blazers, cardigãs, calças e boinas macias. Suas cores preferidas eram o cinza, o azul-marinho e o bege. Curiosamente em sua casa tudo era bege, inclusive o piano.
Chanel tornou-se uma personagem famosa, o símbolo da Garçonne – seios pequenos, magros, usavam roupas folgadas e confortáveis e um corte de cabelo curto, lembrando um menino. Durante toda a década de 20 Chanel lançou uma idéia de moda após outra.
Combinou saias de Tweed com suéteres e colares compridos de pérolas. Transformaram a japona e as capas de chuva em trajes de moda, e ainda popularizou o "pretinho". Seu casaquinho cardigã sem gola era adornado com passamanaria, possuía bolsos chapados e era usado com tweed até os joelhos. Seus vestidos Chemisier Simples traziam decote redondo, reto ou canoa, eram folgados, chegando ao meio da canela ou mais baixo, e eram usados com cintos na cintura ou nos quadris. Outras inovações da época foram laços pretos enormes, botões dourados em blazers, sapatos abertos e bolsas com correntes douradas para deixar as mãos desocupadas.
Exerceu forte influência sobre as jóias, mostrando conjuntos elegantes de tweed usados com colares de pérolas falsas de várias voltas ou correntes douradas. Na década de 30 encomendou bijuterias, utilizando pedras falsas e semipreciosas em engastes ostensivos. As roupas de Chanel ajudaram a libertar as mulheres. E com isso ela nunca mais sairia de moda. Chanel aboliu o espartilho, e adotou a malha, que até então só usada em roupas íntimas, a calça comprida feminina e a saia curta.
“Chanel Nº 5”, respondeu Marilyn Monroe quando lhe perguntaram o que usava para dormir. Foi o primeiro perfume mais vendido do mundo, seu frasco está em exibição no Museu de Arte Moderna em NY.
Chanel morreu em 1971, aos 87 anos.
Em 1983, o alemão Karl Lagerfeld, na época com 45 anos, passou a ser o estilista de Maison Chanel.
Chloé:
O Maison Chloé foi fundada em 1952 por Jaccques Lonoir e Gaby Aghion.
A mulher buscava naquela época um novo estilo, uma opção diferente que mantivesse o luxo e o acabamento característicos da alta costura.
Em 1985, a Maison foi vendida para o grupo Dulhil, que preservou o espírito original de uma das casas de alta costura mais tradicionais da França.
O Maison Chloé criou o conceito de “pret-a-porter de luxo” com tecidos harmoniosos e a perfeição do corte. Grandes mestres da alta costura como Karl Lagerfeld já desenharam para o Maison. Hoje a responsável pela Casa é Stella McCarteney, filha do Beattle Paul McCartney.
Sempre fazendo uma moda clássica e moderna, hoje está presente em vários países e é conhecida por seu estilo 'Jovem Chique".
Givenchy:
Hubert (James Marcel Taffin) Givenchy – Nascido em Beauvais, França, em 1927.
Freqüentou a École dês Beaux Arts, em Paris, e estudou advocacia por pouco tempo. Em 1949 foi contratado por Shiaparelli, abrindo seu próprio negócio em 1952.
A coleção de Givenchy tinha muitas roupas feitas de tecidos de camisaria e incluía a blusa Bettina. Muitos o consideram seguidor de Balenciaga, ao fazer roupas elegantes e, constantemente, formais e luxuosos vestidos de baile e toalete. Durante a década de 50, exagerou a forma chemisier (saco) dando-lhe o contorno de um papagaio de papel, larga na parte superior e afunilando-se em direção a bainha.
Givenchy é o estilista preferido de muitas atrizes de cinema e de mulheres internacionalmente famosas. Seu nome é ligado a Jacqueline Onassis e também a Audrey Hepburn, cujo figurino desenhou para o filme Bonequinha de luxo (Breakfast at Tiffany’s , 1961).
Dior:
Chrstian Dior nasceu em Granville, França, em 1905. Abandonou os estudos de ciências políticas para estudar música, mas em vez disso, ocupou seu tempo dirigindo uma galeria de arte e viajando até 1935, quando começou a ganhar a vida em Paris vendendo croquis de moda para jornais. Em 1938, foi trabalhar com Roberto Piguet. Passou para Lelong em 1942, onde trabalhou ao lado de Pierre Balmain até que o magnata do algodão. Marcel Boussac ofereceu-lhe a oportunidade de abrir sua própria Maison de alta costura.
A primeira coleção de Dior, em 1947, a princípio chamada linha Corola, recebeu o apelido "New Look". Os vestidos New Look tinham saias amplas que se abriam a partir de cinturas justíssimas, e corpetes armados com barbatanas. As saias eram mais compridas do que em anos anteriores, pregueadas, franzidas, drapejadas e nesgadas, e costumavam ser forradas de tule para que se armassem. Os chapéus eram usados de lado, sendo freqüentemente acompanhados de uma gargantilha. Na coleção de 1948, as saias faziam volume atrás, usadas com casaquinhos com as costas folgadas, esvoaçantes e golas altas. No ano seguinte, Dior apresentou saias justas com uma prega atrás, vestido de noite tomara-que-caia, corpetes e casaquinhos blusados. Em 1950, as saias tornaram-se mais curtas e os casacos, grandes e folgados, alguns com golas em "U". Nos sete anos seguintes, Dior lançou sua versão do chapéu chinês, que era puxado sobre os olhos e adornado com laços, e a popular linha Princesa, que dava a ilusão da cintura alta devido a utilização de ombros arredondados em casaquinhos curtos, e cintos colocados bem alto nas costas de mantôs e casaquinhos. O conjunto de três peças de em tons pastéis – influenciou a moda por muitos anos. Muitas de suas coleções apresentavam mangas três-quartos e estolas que permaneceram em moda durante toda a década de 50. Em 1953, encurtou as saias novamente para cinco centímetros abaixo do joelho e lançou-as com mantôs e casaquinhos em formato de barril, mais pesados na parte superior. Dior liderou a volta dos ternos masculinos em 1954, denominando sua coleção como linha "H". Os chapéus tinham abas bem pequenas ou exageradamente largas. Fez um casaquinho branco de lenço de cambraia suavemente pregueado e blusado, com o decote bordado em contas brancas. A linha "H" era particularmente para a noite. Seguiram-se a linha A e a linha Y, em 1955, apresentando grandes golas em V e estolas gigantes. Muitas roupas de inspiração oriental entraram em moda naquele ano, inclusive a versão de Dior do Caftã e do cheongsam. Obteve também sucesso considerável com um vestido de chifom de cintura alta e alças de rolotê e com um longo. A última coleção de Dior, em 1957, foi baseada na vareuse, um traje com a gola afastada do pescoço e cortado para cair solto até os quadris. Lançou também a saharienne com bolos de abas abotoadas, uma vareuse com cinto, vestidos túnica e um vestido chemisier sem cinto, com a gola afastada do pescoço e bolsos chapados. Dior preferia o preto, o azul-marinho e o branco. Suas roupas eram complementadas com broches no decote, no ombro e na cintura. Fios de pérolas em volta do pescoço foram muito copiados desde que Dior os lançou na década de 50. A elegância indiscutível de suas linhas e estruturas esculpidas que influenciou a estética feminina e estilista durante décadas.
Yves Saint – Laurent:
Yves (-Henri-Donat-Mathieu) Saint-Laurent, nascido em Orã, Argélia, em 1936. Aos dezessete anos, enquanto estudava em Paris, Saint-Laurent entrou num concurso patrocinado pelo Internacional Wool Secretariat e ganhou o primeiro prêmio com um vestido de coquetel. Pouco tempo depois, foi contratado por Dior. Quando Dior morreu, quatro anos mais tarde, Saint-Laurent assumiu a direção da Maison. As coleções desse estilista precoce criaram considerável controvérsia: eram, e ano o que as pessoas estavam acostumadas a esperar das coleções de Dior. O trapézio de 1958 era uma roupa considerada de “menina-moça”, um vestido de ombros estreitos com um corpete semi ajustado e saia curta, evasê. No ano seguinte, recriou uma versão mais curta da sai entravada. Em 1960, lançou jaquetas de couro preto, suéter de gola role e bainhas adornadas com pele. O público via a roupa moderna que se usava nas ruas ser reinventada nas mãos de um costureiro. Naquele mesmo ano, Saint-Laurent foi convocado para servir na guerra da Argélia. Vários meses depois, tendo recebido baixa por motivo de saúde, voltou para Paris e descobriu que Marc Bohan assumira o posto de estilista-chefe na Maison Dior. Com o sócio Pierre Bergê, Saint-Laurent abriu sua própria casa em 1962. Sua primeira coleção apresentou uma bem-sucedida japona de lã azul-marinho com botões dourados; e batas de trabalhador feitas de jérsei, seda e cetim. Ano após ano, deu mais contribuições à moda. Em 1963, suas botas que iam até as coxas foram amplamente copiadas. Em 1965, fundiu arte à moda em seus vestidos Mondrian. Lançou, em 1996, o smoking feminino, uma de suas inovações de maior sucesso. No mesmo ano inaugurou a Rive Gauche, uma rede de butiques de pret-a-porter. Knickers de veludo foram uns lançamentos importantes de suas coleções de 1967. Em 1968, apresentou blusas transparentes e a clássica Saharienne; em 1969, o terninho; em 1971, o blazer.
Durante a década de 70, Saint-Laurent continuou a reinar em Paris. Em 1976, uma das coleções memoráveis da época, apelidada russa ou cassaca, apresentou roupas camponesas exóticas. As saias compridas e rodadas, os corpetes e as botas exerceram forte influência, enquanto o desfile transformou lenços e xales em peças de moda permanentes. Saint-Laurent é um dos mais importantes estilistas do pós-guerra. Saint-Laurent tem sido um líder desde o início da sua carreira na Maison Dior, quando combateu os ditames da alta-costura. Em 1964, suas roupas destinavam-se basicamente as mulheres jovens ou de mente jovem, em meados da década de 60, porém, suas criações foram ficando cada vez mais sofisticadas. Fez grande número de mulheres usarem calças, adaptaram muitas peças do guarda-roupa masculino , blazers, capas de chuva e sobretudos, como itens de moda femininos; e tanto divulgou o veludo preto que este passou a ser associado ao nome Saint-Laurent. Severos, de corte perfeito e discreto, os inspirados trajes de Saint-Laurent eram ideais para a mulher executiva que surgia na década de 70. Elegantes, com estilo e informais, eles refletem os sentimentos da época, mas Saint-Laurent também demonstrou suavidade considerável com seus vestidos de coquetel pretos, suas malhas e suas saias ondulantes. Saint-Laurent entre outros, tem o mérito de ter revolucionado a moda da segunda metade do século XX.
Valentino:
Valentino Clemente Ludovivo Garavani nasceu em 1932 em Voghera, Itália. Valentino era fanático por filmes e desenhava em seus livros escolares, as roupas, os sapatos e as jóias que via nos filmes.
Em 1959, completou seus estudos e abriu seu primeiro estúdio em Roma. Em 1962, sua primeira coleção no internacional desfile Gotha em Florença foi um sucesso. Desde então, Valentino foi reconhecido no topo da alta-costura italiana.
Ganhou diversos prêmios da moda, inclusive o Neiman Marcus Prize em Dallas, equivalente ao Oscar do mundo da moda.
É um dos nomes mais cotados entre estrelas como Elizabeth Taylor, Audrey Hepbum, Babe Paley e Fernanda Montenegro.
Em 1990, Valentino e Giancarlo Giammetti, seu gerente comercial da casa Valentino, fundaram L.I.F. E – Sigla italiana que em português é para lutar, informar, construir, ensinar – uma associação que trabalha na luta contra a Aids.
Hoje Valentino tem lojas em países como França, Itália, Inglaterra, Estados Unidos e Japão. Sua marca se expande para o universo dos perfumes, óculos, bolsas, relógios e acessórios em geral.
Fórum – Tufi Duek:
Tudo começou aos 17 anos, quando trabalhava em uma malharia e decidiu partir para o carreiro solo, fornecendo camisetas com a marca Triton para lojas de roupas. Marca esta que mantém em alta até hoje, para a qual reserva um perfil mais jovem e descompromissado.
Desde então, realiza continuamente seus sonhos.
Em 1981 abre a Fórum, que se consagrou como uma das principais griffes nacionais, na qual extravasou sua criatividade e talento como designer de moda.
Tufi se consagra pela brasilidade cosmopolita e contemporânea em suas criações. Não aqueles com tons caricatos que associam os pais a algo folclórico, mas de uma nação urbana nas atitudes e que busca o respeito no cenário mundial. As fontes em que prefere beber são a modernidade, a sensualidade, a arquitetura e a cultura.
Com ele e alguns outros líderes desse mercado, a moda brasileira atingiu a maturidade e, de uns anos para cá, virou assunto sério: passou a ser considerada business, figurando nas estatísticas nacionais, páginas de economia e gerando assunto até nas mais sisudas rodinhas de negócios. “O estilista não é apenas aquele que cria, mas o que entende o seu lugar e consegue perceber a importância do design, da qualidade, da distribuição e do marketing:”, define. É isso aí.
A Fórum é pioneira e a inspiração de Tufi é sempre o Brasil. A cultura da Fórum é perceber o quanto este país pode oferecer.
O DNA da empresa, isto é, a espinha dorsal para criar as coleções, é baseada principalmente na brasilidade. Qualquer coisa que me remeta à brasilidade é uma fonte de inspiração muito grande, seja a arquitetura, a sensualidade, as cidades, etc.
Fause Haten:
Ele começou num bairro de comerciantes libaneses, em São Paulo, e hoje se tornou um nome comentado entre os socialites de Los Angeles. O estilista brasileiro Fause Haten, 30 anos, é a prova de que o mundo hollywoodiano continua patrocinando sonhos de luxo e riqueza. Desde o mês passado, modelos de sua grife saltam na vitrine da Giorgio Beverly Hills.
Nos últimos anos, a Maison passou a investir em criadores emergentes no mundo da moda. Na caça aos talentos, acabou descobrindo o brasileiro.
O paulistano Fause Haten é a novidade da vez para a clientela milionária da Giorgio, situada em Rodeo.
Fause Haten está se acostumando ao mundo giamouroso de Bevery Hills, bem distinto do burburinho das lojas da Rua 25 de março, na região central de São Paulo, onde a família se instalou para vender roupas prontas – de gravatas a vestidos de formatura Fause quando criança fazia bonecos de pano com retalhos, jamais fez uma faculdade de moda.
O talento espontâneo, capaz de uma ousadia a mais no decote ou um exagero na amplidão das saias, foi justamente o que agradou à Giorgio, grife que também lançou no mercado americano o costureiro francês Thierry Mugler. Haten é hoje um nome exclusivo da consagrada Maison e só a partir de fevereiro do próximo ano, quando lançar sua segunda coleção em Los Angeles, estará liberado a exportar para outras capitais dos Estados Unidos, mais Europa e Japão.
Antes da costura, porém, o criador “brinca” com os tecidos e chega a moldar vestidos de noite, ultrafemininos, no corpo de suas modelos ou clientes. Trabalha como um escultor.
Zoomp – Renato Kerlakian:
A Zoomp foi fundada em 1974 e, aos 27 anos, o estilo inconfundível de suas criações, ao lado da utilização contemporânea de tendências, consolida uma marca criadora e lançadora de moda, sinônimo de qualidade e diferenciação.
Construindo sua imagem a partir de um trabalho de alto padrão em modelagem de jeans, lavagens inusitadas e diferenciação em qualidade, apostaram desde o início no público jovem e inovador, que apenas despontava como consumidor em potencial. Transformou assim o raio amarelo, símbolo da Zoomp, num ícone de vanguarda e objeto de desejo da juventude.
O crescimento da marca se deu nos anos 80, com a sólida estruturação da distribuição nacional, a partir da abertura das lojas de São Paulo.
A ZOOMP nasceu e cresceu sob o signo do desejo. Renato Kherlakian embarcou no universo da moda provocando o desejo de seu “jeans do raio”. As pessoas faziam fila para ter um. Os primeiros compradores de ZOOMP traziam o espírito contestador e inovador do jovem das décadas de 60 e 70, a época revolucionou os costumes e consolidou os jovens como novos e fortes consumidores.
A trajetória de Renato Kerlakian começou em São Paulo, na Galeria Ouro Fino, na badalada rua Augusta do início dos anos 70, quando a camisa que usava chamou a atenção da dona de uma loja e foi responsável por sua primeira encomenda. No início, apenas revendia as peças. Depois começou a criar e confeccionar os modelos, que eram comercializados nas principais boutiques paulistas da época.
M. Officer – Carlos Miele:
Criada há 12 anos, é considerada uma importante grife de moda jovem no país e seu proprietário é Carlos Henrique Miele.
A M. Officer possui 50 lojas próprias, 20 franquiadas e mais 20 pontos de vendas (multi-marcas).
Em 95, essa grife paulista começou a vender roupas feitas de lixo reciclado. A empresa entrou na onda ambientalista mundial e trouxe para o Brasil um jeans composto de algodão e embalagens, conhecidas por PET. Esse produto colocou o Brasil no terceiro lugar do ranking de países que investem em materiais reciclados
Os líderes ganham muito mais dinheiro do que os seguidores.
Gabriel de Cara
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